14 abril 2018

ATAQUE A SÍRIA LEDERADO POR EUA



EUA, Reino Unido e França lançam ataque contra a Síria em resposta a suposto uso de armas químicas

Ataques atingiram três alvos em Damasco e Homs, diz Pentágono. Defesa Aérea da Síria atingiu 13 mísseis.

Por G1

Imagem do céu de Damasco nas primeiras horas do dia 14 de abril durante ofensiva dos Estados Unidos (Foto: AP Photo/Hassan Ammar)

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França anunciaram na noite desta sexta-feira (13) que lançaram um ataque em conjunto contra estabelecimentos de armas químicas na Síria, em resposta ao suposto ataque químico contra a cidade de Duma no dia 7 de abril. O regime sírio nega o uso de armas químicas, que são proibidas por convenções da ONU.

As forças aéreas e marinhas dos três países lançaram os primeiros ataques por volta das 21h de Washington (22h, no horário de Brasília), durante o pronunciamento do presidente americano Donald Trump na Casa Branca. Os sistemas de Defesa da Síria reagiram, atingindo 13 mísseis em Al Kiswah, nos subúrbios de Damasco.

Veja o pronunciamento de Donald Trump sobre o ataque na Síria (Legendado)

O Pentágono anunciou que três alvos foram atingidos na Síria: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs, a leste de Damasco – em que os EUA acreditam que estavam estoques de gás sarin – e uma base na mesma cidade que também teria armas químicas.

FOTOS: veja imagens do ataque conjunto de EUA, Reino Unido e França contra a Síria

"Ordenei as forças armadas dos Estados Unidos a lançar ataques precisos em alvos associados com instalações de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad", disse Trump em pronunciamento na Casa Branca.


Imagens mostram destruição provocada por ataques na Síria

O presidente dos EUA disse que o uso de armas químicas foi uma escalada significativa e que as ações de Assad foram ações "de um monstro". "Esse massacre [em Duma] foi uma escalada significativa em um padrão de uso de armas químicas por aquele regime terrível", disse o presidente.

"O mal e o ataque desprezível deixaram mães e pais, bebês e crianças se debatendo de dor e ofegando por ar. Essas não são as ações de um homem. Elas são crimes de um monstro".


EUA, Reino Unido e França bombardeiam alvos na Síria (Foto: Betta Jaworski/G1)

Putin reage

O presidente russo, Vladimir Putin, classificou de "agressão contra um Estado soberano" o ataque dos Estados Unidos e seus aliados contra a Síria, e acusou Washington de ajudar com sua ação os terroristas que atuam no país árabe.

"Com as suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria. Eles levam sofrimento para a população civil, e de fato, toleram os terroristas que torturam há sete anos o povo sírio", disse Putin.


Putin ainda pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Já o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou que “tais ações não serão deixadas sem consequências”.

"Todas as responsabilidades estão com Washington, Londres e Paris. Insultar o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível. Os EUA – possuidores do maior arsenal de armas químicas – não tem direito moral de culpar outros países”, diz uma nota da embaixada russa.

Aliados dos EUA

A ação na Síria foi apoiada pela premiê britânica Theresa May e pelo presidente francês Emmanuel Macron. Em comunicado, May disse que a ação não significa uma intervenção na guerra da Síria. Segundo May, a intervenção não deve escalar a tensão na região e o Reino Unido fará o possível para evitar a morte de civis.

Assista ao pronuncimento de May:

May diz que ataque na Síria não tem como objetivo mudar regime

Macron disse que o ataque está "restrito a capacidades do regime sírio de armas químicas". "A linha vermelha estabelecida pela França em 2017 foi cruzada. Então, ordenei às forças armadas francesas que interviessem esta noite, como parte de uma operação internacional em coalizão com os Estados Unidos e o Reino Unido e direcionada contra o arsenal químico clandestino do regime sírio”, afirmou.

Pelo Twitter, a presidência francesa publicou um vídeo em que seus aviões aparecem decolando para atacar a Síria. Veja abaixo:

Dobro de equipamento

O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, disse em coletiva de imprensa no Pentágono que os ataques desta sexta usaram o dobro do equipamento do ataque do ano passado, quando os EUA também reagiram a um ataque químico atribuído ao regime de Assad, que havia deixado 86 mortos dois dias antes.

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Mattis também explicou que neste ano os alvos também foram diferentes. No ano passado, os EUA atacaram aviões que distribuíam armas químicas, enquanto nesta sexta os alvos foram as armas.

“Claramente o regime de Assad não entendeu a mensagem do ano passado. Desta vez, nós e nossos aliados golpeamos com mais força. Juntos, enviamos uma clara mensagem a Assad e seus tenentes assassinos”, disse James Mattis.


Explosões em Damasco e resposta

A TV Síria divulgou que ataques aéreos atingiram a capital Damasco e áreas ao redor, e que os sistemas de defesa sírio reagiram atingindo 13 mísseis em Al Kiswah, nos subúrbios de Damasco.

A mídia estatal síria criticou os ataques e chamou a ofensiva de uma violação da lei internacional:

"A agressão tripla é uma violação flagrante do direito internacional", informou a agência de notícias estatal.


Pelo Twitter, a presidência da Síria comentou a ofensiva de EUA, França e Reino Unido. No post, o governo escreveu que "as boas almas não serão humilhadas".

O Ministro da Defesa do Reino Unido diz que mísseis Shadow foram usados contra um depósito 24 kms a oeste de Homs, onde teria sido constatado que o governo sírio faria manutenção de armas químicas. Ele disse ainda que o local atingido fica distante de qualquer ponto habitado.

Segundo a Reuters, o Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH) afirmou que um centro de pesquisa científica e bases militares em Damasco foram atingidos por ataques aéreos. Entre os alvos estão a Guarda Republicana e a 4ª Divisão, unidades de elite do exército sírio.

Guga Chacra comenta ataque dos Estados Unidos contra a Síria

A agência Reuters e testemunhas afirmaram que diversas grandes explosões foram ouvidas em Damasco, e colunas de fumaça foram vistas na região durante o pronunciamento de Trump.

Trump critica a Rússia e o Irã

Em seu discurso, Trump questionou diretamente Rússia e Irã, aliados do regime sírio: “Que tipo de país quer ser associado com mortes em massa de homens, mulheres e crianças inocentes?”

“As nações podem ser julgadas pelos amigos que mantêm. Nenhuma nação pode ser bem-sucedida em longo prazo promovendo estados desonestos, tiranos brutais e ditadores assassinos”, acrescentou.

“A Rússia precisa decidir se irá continuar nesse caminho sombrio ou se irá se unir aos países civilizados como uma força de estabilidade e paz. Com esperança um dia nos daremos bem com a Rússia e talvez até com o Irã, mas talvez não”, disse Trump.


Trump vinha ameaçando há dias uma resposta ao ataque químico na cidade de Duma. Já no domingo (8), em uma mensagem no Twitter, ele afirmou que Rússia e Irã eram responsáveis por apoiar o “animal” Assad e que haveria um “grande preço” a pagar.

Escalada de tensão

Os EUA, a França e o Reino Unido acusam o regime sírio de ser responsável pelo ataque do último dia 7. Nesta sexta, o Departamento de Estado dos EUA disse que tem prova com "um nível muito alto de confiança"de que o governo sírio usou armas químicas em Duma, mas ainda está trabalhando para identificar a mistura de produtos químicos usados

A Síria e a Rússia, sua aliada na guerra, negam que tenham usado armas químicas. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou em Moscou que tem provas irrefutáveisde que as imagens do suposto ataque químico em Duma são uma encenação.

Criança é atendida em hospital em Duma, após suposto ataque químico na Síria em 8 de abril (Foto: White Helmets/Reuters)

O embaixador russo nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, disse nesta quinta que não descarta uma guerra. O presidente russo, Vladimir Putin, alertou seu colega francês, Emmanuel Macron, contra qualquer "ato imprudente e perigoso" na Síria, que poderia ter "consequências imprevistas".

A Síria advertiu a ONU que não teria "outra escolha" senão se defender caso fosse atacada.

Gás químico em Duma

O ataque em que um gás tóxico teria sido utilizado aconteceu no sábado e deixou dezenas de mortos e feridos. A acusação do suposto ataque químico contra o governo partiu do grupo rebelde sírio Jaish al-Islam. Eles acusam o regime de Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas venenosas contra civis.

Criança chora em hospital em Duma, após suposto ataque químico na Síria (Foto: White Helmets/Reuters)

Duma fica na região de Guta Oriental, onde desde fevereiro o governo sírio promove uma ofensiva para retomar o controle das mãos dos rebeldes. A cidade, que é a maior dessa região, era um dos últimos redutos dos combatentes que lutam contra Assad e foi retomada nesta semana.

Os membros do Conselho de Segurança da ONU não conseguiram aprovar nesta semana uma resolução para uma investigação sobre o ataque.

Primeiro ataque dos EUA

No ataque de 6 de abril de 2017, forças americanas lançaram 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea de Al Shayrat, perto de Homs, por volta das 21h40 (hora de Brasília), 4h40 na hora local da Síria. Os mísseis foram lançados de dois porta-aviões e tiveram como alvos “aeronaves, abrigos de aviões, áreas de armazenamento de combustível, logística e munição, sistema de defesa aérea e radares”.

Na noite do ataque, o presidente americano recebia em um jantar na Flórida o presidente da China, Xi Jinping, que foi comunicado sobre a ação antes que ela fosse iniciada. Menos de três horas depois do lançamento, o Pentágono divulgou vídeos do lançamento dos mísseis.

Ainda segundo o Pentágono, aproximadamente 20% do poderio aéreo das forças sírias foi destruído no ataque de abril de 2017, mas o governo local afirmou que a base já estava operando novamente dois dias depois

Comandante do Corpo de bombeiro é preso no Maranhão

DO 8º BATALHÃO DE PINHEIRO

Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Maranhão é preso suspeito de corrupção


Hilton Nogueira Júnior é suspeito de coagir empresário, cobrar vantagens indevidas, entre outros atos irregulares.


IMIRANTE

Segundo as investigações, os crimes foram cometidos entre 2016 e 2016, quando o tenente-coronel Hilton Nogueira Júnior esteve à frente do 8º Batalhão de Pinheiro. (Foto: Divulgação)


SÃO LUÍS - A Polícia Civil do Estado do Maranhão, por meio da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção (Seccor), cumpriu um mandado de prisão preventiva em desfavor do tenente-coronel do Corpo de Bombeiros do Estado Hilton Nogueira Júnior. A prisão aconteceu na manhã desta sexta-feira (13), em São Luís.

A prisão, decretada pela 2ª Vara Judicial da Comarca de Pinheiro, foi representada pelo 2º Departamento de Combate à Corrupção, que investiga a prática de diversos atos de corrupção praticados por Hilton durante os anos de 2016 e 2017, quando esteve à frente do 8º Batalhão de Pinheiro.


Segundo as investigações, entre os atos irregulares estão: a coação ao empresário responsável pelo fornecimento de alimentação do batalhão, o qual era obrigado a superfaturar suas notas ficais para que o comandante pudesse desviar em seu proveito o valor superfaturado; cobranças de vantagens indevidas para concessão de certificados de funcionamento/licenças; e pedidos de supostas “doações” a empresários e representantes das prefeituras circunvizinhas, os quais eram intitulados, pelo investigado, de “padrinhos”.