10 março 2018

Projeto na Câmara para Congelar Salário


Economia

Temer quer permitir recuperar estatais com congelamento de salários

O governo federal quer criar um mecanismo para congelar salários e sanear dívidas de estatais que considere em dificuldades. As ideias estão num projeto de lei enviado à Câmara em novembro de 2017 para criar uma recuperação judicial de empresas públicas. Ou Proposta de Recuperação e Melhoria Empresarial (PRME), o nome oficial.

Por Marcos de Vasconcellos

 

 De acordo com o projeto, as estatais que aderirem ao programa, que terá vigência de quatro anos, congelam os salários de todos os empregados e administradores. Também ficam proibidas de contratar pessoal, de ampliar a quantidade de funções de confiança e cargos comissionados, de ampliar benefícios relativos à previdência complementar e à assistência saúde e de distribuir resultados acima do mínimo legal.

Ainda como medida da “recuperação e melhoria empresarial”, as estatais federais poderão financiar despesas de adequação do efetivo de pessoal e reduzir (o texto diz “reequilibrar”) os planos de previdência complementar e benefícios de assistência à saúde.

Durante os quatro anos de vigência do plano, a estatal ficará vinculada ao Ministério do Planejamento, que seria responsável também por homologar a Proposta de Recuperação e Melhoria Empresarial.

O texto foi apresentado à Câmara pelo governo em 29 de novembro de 2017, uma semana depois de o Ministério da Fazenda enviar à Casa Civil um anteprojeto de reforma de Lei de Recuperação Judicial e Falências.

Segunda tentativa

A proposta de reforma da Lei de Falências, ainda em discussão interna no governo, não menciona a recuperação de estatais. Mas documentos aos quais a ConJur teve acesso mostram que os rascunhos do projeto previam a recuperação judicial de empresas públicas e de economia mista. O projeto segue em discussão entre Casa Civil, Ministério da Fazenda e representantes da sociedade.

Na prática, a possibilidade permitiria uma espécie de moratória indireta: as dívidas de estatais entrariam na fila dos planos de recuperação judicial, que permite prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas. Seria mais fôlego, ainda que indiretamente, para os governos.

A Petrobras, a maior empresa de economia mista do país, seria uma das afetadas pela mudança. No centro da operação “lava jato”, a petroleira, segundo o Ministério Público Federal, teve um "prejuízo potencial" de R$ 42 bilhões com a corrupção, além da brutal queda no valor de mercado, que foi de R$ 380 bilhões a R$ 120 bilhões em cinco anos. Recentemente, a empresa fechou acordo nos Estados Unidos para pagar R$ 10 milhões a investidores que se sentiram prejudicados pela corrupção.

Primeiro passo

Especialistas ouvidos pela ConJur afirmam que a tentativa do governo Michel Temer de criar uma recuperação para estatais serve para sanear as contas das companhias antes de privatizá-las. O advogado Fernando Facury Scaff, professor de Direito Financeiro da USP afirma que o projeto soa como uma tentativa de colocar as empresas em “estado de organização” para que possam ser oferecidas ao mercado.

Walfrido Warde, especialista em Direito Societário, acredita que seja uma estratégia para limitar as responsabilidades da administração de empresas públicas “em situação de estresse”. Se aprovado como está, o programa de recuperação permitirá a postergação da insolvência, o que evitaria a responsabilização da administração pública pelos problemas das estatais.

Polêmicas da reforma

Mesmo depois de retirada a possibilidade de englobar estatais, o projeto de reforma da Lei de Recuperação Judicial e Falências em discussão no governo federal traz pontos polêmicos. O Instituto Recupera Brasil (IRB) encaminhou à subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil um ofício de 15 páginas com críticas e sugestões de alteração.

Uma das inseguranças causadas pela proposta, diz a entidade, é permitir que os credores, em assembleia geral, destituam o administrador judicial de empresa em recuperação sem qualquer fundamento. “Como se poderia pretender a profissionalização do administrador judicial sem que ele tenha segurança jurídica de permanência de sua atuação e seus direitos possam ser privados sem receba qualquer justificativa para tanto?”, critica o IRB.

Outro ponto criticado está no artigo 63, que determina o encerramento do processo de recuperação assim que for feita a homologação do plano de recuperação. Dessa forma, o projeto evita o acompanhamento judicial do cumprimento do plano apresentado, diz o documento, assinado pelos advogados Luís Cláudio Montoro Mendes e Marcelo Vieira de Campos, presidente e diretor jurídico do instituto, respectivamente.

Apesar das críticas, a entidade afirma que a Lei de Recuperação e Falências (Lei 11.101 /2006) precisa ser atualizada.

Clique aqui para ler o projeto de lei que cria Proposta de Recuperação e Melhoria Empresarial para estatais federais

GRANDE POSSIBILIDADE DE SER PRESO ADMITE GLEIDE

Gleisi admite possibilidade de Lula ser preso: "caminhando para isso"

Bernardo Barbosa

AMANDA PEROBELLI/ESTADÃO CONTEÚDO9.mar.2018 - Senadora Gleisi Hoffmann (e) conversa com o ex-ministro Celso Amorim durante evento promovido pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo em São Paulo


A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT, reconheceu nesta sexta-feira (9) em São Paulo a possibilidade de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja preso, cenário que raramente é citado publicamente por lideranças petistas.

"Querem prender o Lula e está caminhando para isso", disse em evento da Fundação Perseu Abramo, entidade de formação política ligada ao PT.

Governo inaugura VIVA/Procon Kids, primeira unidade de atendimento especializado a bebês e crianças do Brasil


Um mundo divertido, alegre e cheio de super-heróis, o VIVA/Procon Kids, em uma iniciativa inédita no Brasil, vai realizar atendimento especializado para bebês, crianças e também aos pais e/ou responsáveis. Para quem sabe o quanto é estressante para o filho, ainda pequeno, aguardar para ser atendido em determinados locais, agora é possível contar com este mais novo espaço. Por meio de uma parceria público-privada, a unidade foi inaugurada oficialmente nesta terça-feira (27) no Shopping Passeio. Nas próximas semanas, o Golden Shopping também vai contar esta novidade.
Em pleno funcionamento desde o dia 20 de fevereiro, o novo espaço, que conta também, por meio de uma parceria, com biblioteca e parquinho, já realizou 505 atendimentos, oferecendo os serviços de emissão de Antecedentes Criminais e RG (1ª e 2ª via); inscrição de Cadastro de Pessoa Física (CPF), Caema, Procon, além de Supervisão de RG e TRE. A unidade funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h.

Governo do Estado inaugura o VIVA/Procon Kids. (Foto: Divulgação)
Para o presidente do VIVA/Procon, Duarte Júnior, este é um sonho realizado que não gera custos ao Estado e movimenta a economia. “Um grande sonho que foi realizado sem custos para os cofres públicos, pois o Shopping Passeio arcou com as despesas para instalação do espaço. Assim, ganha o Estado que reduz os gastos públicos, ganha o shopping e toda a classe empresarial, pois aumenta a circulação de pessoas e, consequentemente, o consumo, além da geração de emprego e renda”, garantiu.
A proprietária do Shopping Passeio, Larissa Carvalho, agradeceu a parceria. “Gostaria de agradecer muito a parceria com o VIVA/Procon e parabenizar o Duarte Júnior e toda a equipe pelo excelente trabalho que ele tem feito, que é de destaque”, disse.
Programação especial
Também foi um dia muito especial para mais de 75 crianças do Ministério Sal e Luz, no Coroadinho, do Centro Educacional Minha Vida, no Cohatrac IV e do Colégio Santo Expedito, no Cohatrac I. Os pequenos participaram de atividades lúdicas, com pintura facial, e assistiram a uma sessão gratuita de cinema do filme O Touro Ferdinando, além de uma divertida apresentação musical com a participação de personagens infantis. Na oportunidade, também realizaram emissão de documentos básicos.

CASO DE FEBRE AMARELA SÃO INVESTIGADO NO MARANHÃO

ATENÇÃO

Suspeitas de casos de febre amarela são investigadas no estado

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Os casos sob investigação foram notificados por Teresina, cujo município de residência é Santa Luzia, e Araguaína, cuja origem é São João do Paraíso

Vacina contra a febre amarela está disponível em unidades básicas de saúde em todo o estado
Vacina contra a febre amarela está disponível em unidades básicas de saúde em todo o estado (Foto: Biné Morais / O ESTADO)










Dois casos suspeitos de febre amarela estão sendo investigados no Maranhão. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira, 7, com base em relatórios enviados pelas secretarias de Saúde dos estados brasileiros.

O número levantado de 1º julho do ano passado a 6 de março deste ano, no Maranhão, aponta cinco casos que foram investigados. Em três deles, foi descartado, após conclusão da investigação, algum tipo de relação com a doença.

No período de monitoramento, foram confirmados, em todo o Brasil, 846 casos de febre amarela, dos quais 260 faleceram. No total, foram notificados 3.234 casos suspeitos, tendo sido 1.560 descartados e 828 em investigação, neste período.

Pensando nisso, e com a recomendação do Ministério da Saúde para vacinação das pessoas que viajarem às 217 cidades do Maranhão, as unidades básicas de saúde têm-se mantido abastecidas, e o número de pessoas que procuram a vacina na capital aumentou, mesmo o Governo do Estado descartando um possível surto da doença.

O bombeiro Aldenor Costa, de 23 anos, decidiu se vacinar preventivamente. “Eu trabalho em área de saúde, diretamente, todos os dias. Por isso decidi vir logo ao posto me vacinar, para evitar qualquer tipo de problema que venha enfrentar por não ter me vacinado”, disse.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que 26.464 doses de vacina foram aplicadas em todo o estado e a estimativa é de que, pelo menos 80 mil pessoas receberam imunização. Informou também que possui, atualmente, 165.660 doses de vacinas contra febre amarela e que já distribuiu 151.570 doses para as regionais de saúde.

SAIBA MAIS
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que os casos suspeitos de febre amarela no Maranhão, registrados no informe divulgado no dia 7 de março pelo Ministério da Saúde, tiveram como fonte de informação o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), sendo cinco casos notificados. Um por São Paulo (SP), cujo município de residência do paciente é Bom Jesus das Selvas, foi descartado; um por Teresina (PI), cujo município de residência é Santa Luzia, que está sob investigação; um por Araguaína (TO), cujo município de residência é São João do Paraíso, e está sob investigação; um por Imperatriz (MA) foi descartado e um por São Luís, cujo município de residência é Santa Inês, descartado por critério laboratorial.