15 fevereiro 2018

VAGAS DE TRABALHO PEDIDAS NO MARANHÃO 2017

Dos 217 do Maranhão, Açailândia foi a cidade que mais perdeu vagas formais em 2017


Contudo, a previsão é que este cenário mude em 2018 com o início das operações do novo Alto Forno e da Laminação da Aciaria Aço Verde Brasil


1 foto 2

O Brasil encerrou o ano de 2017 com menos postos de trabalho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta sexta-feira (26). Dezembro foi o segundo mês consecutivo que apresentou queda, com o fechamento de 328.539 postos de emprego, uma queda de 0,85% em relação ao estoque de novembro.
De acordo com os dados, as contratações, no ano passado, totalizaram 14.635.899, e as demissões, 14.656.731. Com o fechamento de 20.832 vagas no acumulado do ano, 2017 é o terceiro ano consecutivo de saldo negativo, já que 2016 a queda foi de 1.326.558 vagas, enquanto 2015 teve 1.534.989 postos de trabalho fechados.
Apesar do terceiro ano consecutivo com piora dos índices, 2017 representou leve melhora em relação a 2015 e 2016. Segundo o coordenador de Estatísticas do Trabalho do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, o resultado de dezembro “veio dentro das expectativas de mercado, que já esperava um saldo consolidado do ano próximo da estabilidade”.

Açailândia

Seguindo os números nacionais, e segundo o Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados, Açailândia foi a cidade dentre os 217 municípios maranhenses, que mais perdeu vagas de empregos formais no ano de 2017, porém vem apresentando melhoras nos últimos meses.
Ao todo, de acordo com o órgão ligado ao Ministério do Trabalho, foram criadas 4.853 novos postos de trabalho em Açailândia, porém 6.024 vagas de emprego foram fechadas, deixando um saldo negativo de 1.171 vagas.
Os motivos para tal péssimo índice se dá especialmente pela crise no setor siderúrgico, localizado no distrito de Pequiá, que há anos vem demitindo e elevando o número de desempregados em Açailândia.
Outros motivos são a venda de grandes áreas de terras para a monocultura do eucalipto. Antes essas terras eram voltadas para a agricultura familiar e a pecuária, gerando diversos postos de trabalho.
Tanto os desempregos na indústria e no campo refletiram diretamente no comércio e nas empresas prestadoras de serviços. Com o aumento do desemprego, diminui o poder de compra das famílias afetas e com isso, aumenta o desemprego também no setor comercial. Isso acontece pelo efeito cascada e cíclico do mercado.
A crise política também tem contribuído para a elevação desses índices. A nível nacional, o Brasil inteiro tem atravessado uma de suas piores crises econômicas, políticas e morais de sua história, que tem diminuído programas essências para a geração de emprego e renda, como o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). E a nível local, tem se visto uma falta de harmonia entre estado e município, que produz prejuízos imensuráveis para a população de Açailândia.

Melhores Perspectivas
1 foto 1

Mesmo diante desse quadro econômico assustador para a população de Açailândia, o cenário para o ano de 2018 é de uma gradativa melhora, com novos investimentos que irão gerar emprego e renda para milhares de desempregados, e ainda divisas para o município.
Ainda no início deste ano, a Aciaria Aço Verde Brasil (AVB), empresa do Grupo Ferroeste, deverá funcionar com sua plena capacidade de produção. Para isso a empresa fará investimentos na produção de energia renovável e no setor florestal; dará início a produção com alto forno; e iniciará a fase de laminação da aciaria. Todos esses investimentos irão gerar centenas de vagas de empregos direta e indiretamente.
“O ano de 2018 será marcado pelo investimento da nova usina Termoelétrica, intensos investimentos em urbanização da usina e por pela retomada dos investimentos florestais. Estes investimentos ainda dependem de aprovação junto ao Banco do Nordeste.(…) A AVB hoje opera com apenas 50% de sua capacidade instalada, vendendo seus produtos no mercado interno, bem como exportando para países como Peru, Costa Rica , República Dominicana , EUA , Guatemala , entre outros. (…) Está previsto para o começo de 2018 o início das operações do novo Alto Forno e da Laminação. A população será diretamente beneficiada com a geração adicional”,  afirmou o vice-presidente do Grupo Ferroeste, Ricardo Carvalho, em entrevista ao JM em dezembro de 2017.
O município de Açailândia também passará a contar com os royalties da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), por ser um dos 23 municípios do Maranhão afetados pela escoação do minério pela Estrada de Ferro Carajás (EFC).
As eleições para presidente, governador, senador e deputados estadual e federal também deve movimentar a economia local. Como Açailândia possui mais de 60 mil eleitores, todo ano político alguns investimentos e obras são realizados no município, o que aumentará o número de vaga de trabalho local.