13 agosto 2017

CLASSE POLITICA NÃO REPRESENTA OS ELEITORES DEZ PESQUISA



94% dos eleitores não se veem representados por políticos

Segundo pesquisa do instituto Ipsos, apenas 6% dos eleitores se sentem representados pelos políticos em quem já votaram

A pouco mais de um ano das eleições para a Presidência, os governos estaduais e o Congresso Nacional, os brasileiros manifestam rejeição generalizada à classe política, independentemente de partidos, e ao atual modelo de governo. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, apenas 6% dos eleitores se sentem representados pelos políticos em quem já votaram.
Desde novembro do ano passado houve queda de nove pontos porcentuais na taxa dos que se consideram representados. A onda de negativismo contamina a percepção sobre a própria democracia: só metade da população considera que esse é o melhor regime para o Brasil, e um terço afirma que não é. Quando os eleitores são questionados especificamente sobre o modelo brasileiro de democracia, a taxa de apoio é ainda mais baixa: 38% consideram que é o melhor regime, e 47% discordam.
Passado pouco mais de um ano das manifestações de massa que culminaram no fim do governo petista de Dilma Rousseff, nada menos do que 81% dos entrevistados pelo Ipsos manifestaram concordância com a afirmação de que “o problema do País não é o partido A ou B, mas o sistema político”.
Para 94%, os políticos que estão no poder não representam a sociedade. Apenas 4% acham o contrário. Quem está na oposição também é alvo de desconfiança. Quando a pergunta é sobre os políticos em quem os entrevistados já votaram em algum momento, 86% dizem não se sentir representados.
 

Distância

“Segundo a opinião pública, os eleitos não representam os eleitores”, observa Rupak Patitunda, um dos responsáveis pela pesquisa Ipsos. “A democracia no Brasil, desta forma, não é representativa.”
Somente um em cada dez cidadãos veem o Brasil como um país onde a democracia é respeitada. Para 86%, isso não acontece. “A própria democracia, o que se espera de seu conceito, não é respeitada”, avalia o pesquisador. “Existe uma expectativa sobre o regime que não é atendida pelos seus clientes.”
A percepção de desrespeito às normas democráticas pode estar relacionada à ideia de desigualdade. Para 96% dos entrevistados, todos devem ser iguais perante a lei, mas somente 15% consideram que essa regra é devidamente observada no Brasil.
É quase consensual a noção de que a corrupção é um entrave para que o País alcance um nível mais avançado de desenvolvimento. Nove em cada dez eleitores concordam com as avaliações de que “o Brasil tem riquezas suficientes para ser um país de primeiro mundo”, de que “o Brasil poderia ser um país de primeiro mundo se não fosse a ação da corrupção” e de que “o Brasil ainda pode ser um país de primeiro mundo quando acabar com a corrupção”.
Os dados do Ipsos mostram que, após um ciclo de acirramento da polarização política no País, há uma ânsia por iniciativas de conciliação. Nada menos do que 88% dos entrevistados concordam com a afirmação de que “as pessoas deveriam se unir em torno das causas comuns, e não brigar por partido A ou partido B”. Parcela similar considera que “brigar por partido A ou B faz com que as pessoas não discutam os reais problemas do Brasil”.
Os dados do Ipsos são parte de um levantamento chamado Pulso Brasil, realizado mensalmente desde 2005 para monitorar a opinião pública sobre política, economia, consumo e questões sociais. Foram ouvidos 1,2 mil entrevistados, em 72 municípios, entre os dias 1.º e 14 de julho. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

II ROMARIA DAS FAMÍLIAS DIOCESANA DE BACABAL 2017

A Diocese de Bacabal através de uma grande programação que  reunir as famílias do nosso município. Na2ª edição da Romaria Diocesana das Famílias, que promete entrar para o calendário anual desta Igreja Particular. 

Várias lideranças de nossa Paróquia encontraram-se no  a participação neste grande evento. Sob a coordenação do casal da Comissão Diocesana da Pastoral Familiar - Tião e Marta -, a reunião serviu também para que fossem dados maiores esclarecimentos em relação à Romaria. 

Tião, que é um dos responsáveis pela articulação na Diocese, insistiu na participação de todas as comunidades, pastorais, grupos e movimentos da Paróquia, a fim de favorecer um encontro pessoal de cada um com Jesus Cristo, sob a ótica do Ano Mariano. Reforçou ainda o dever de todos as lideranças em motivar as pessoas na participação. 



































distritão’ para eleição de deputados

Comissão da Câmara aprova ‘distritão’ para eleição de deputados

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No ‘distritão’, são eleitos deputados mais votados em cada estado.
Proposta da comissão segue para duas votações no plenário da Câmara.

votação mais polêmica foi sobre a eleição de deputados e de vereadores. A comissão aprovou mudanças na maneira como nós vamos escolher esses candidatos. A eleição dos deputados vai ficar parecida com a dos senadores.

Se aprovado, o novo sistema vai valer para as eleições de deputados federais, estaduais, distritais e vereadores em 2018 e em 2020. No “distritão”, são eleitos os deputados e vereadores mais votados em cada estado ou município.
Hoje, o sistema eleitoral é proporcional. Leva em conta não só os votos dos candidatos, mas também os votos para os partidos e as coligações. Uma combinação em que nem sempre os candidatos que recebem mais votos se elegem.
O líder do Democratas defende o “distritão”. Disse que é um modelo mais claro para o eleitor.
“É o modelo mais simples, é aquele que a população entende, que não gera confusão com o eleitor. Ele vai ter a certeza que aquele que ele votou estará representando no parlamento, com mais transparência, com mais coerência, sem negociata de legendas, de partidos. Vai valer realmente a vontade do eleitor na urna”, afirmou o deputado Efraim Filho (DEM-PB).
Esse mesmo “distritão” já tinha sido votado e rejeitado em 2015. Na época, o projeto teve o apoio do então presidente da Câmara Eduardo Cunha, do PMDB, que hoje está preso. Agora, os deputados contrários ao “distritão” criaram uma frente para tentar barrar a proposta. Eles dizem que o “distritão” pode facilitar a reeleição de parlamentares atingidos pela Lava Jato.
“Essa proposta do ‘distritão’ nada mais é do que uma blindagem a quem hoje está nas listas da Lava Jato e outras denúncias, outras delações que ainda poderão envolver inúmeros parlamentares que estão na atual legislatura. Então, a apreciação do ‘distritão’, nesse momento, é um retrocesso para o país, é diminuir o número de candidaturas, é desmotivar a renovação na política nacional”, disse o deputado Diego Garcia (PHS-PR), líder do partido.
Também sem consenso, a comissão decidiu que a partir de 2022, o sistema de escolha de deputados e vereadores vai mudar de novo, e o “distritão” vai ser substituído pelo o distrital misto. A votação que aprovou o novo sistema foi tumultuada. Teve bate-boca.
No distrital misto, metade dos candidatos é eleita porque conseguiu a maioria dos votos. A outra metade é eleita pelo sistema proporcional, em uma lista fechada de candidatos, organizada pelos partidos.
A proposta da comissão segue ainda para duas votações no plenário da Câmara e depois mais duas no plenário do Senado, quando tudo pode mudar, de novo.


‘Sistema eleitoral brasileiro faliu’, diz Maia em evento da FGV no Rio

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O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira, 11, que o distritão, da forma como está sendo proposto, poderá ter efeitos negativos para o sistema eleitoral brasileiro, com a eleição apenas de candidatos que tenham condições de arcar com campanhas caras, e que poderá resultar no surgimento “de 513 partidos”.
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“O sistema eleitoral brasileiro faliu, e o Congresso precisa fazer mudanças. Conseguir aprovar o distrital misto para 2022 é maravilhoso”, afirmou, no Rio. “É um sistema que deu certo na Alemanha e que permite o fortalecimento das ideias, dos partidos e da sociedade, que fica bem representada. Equilibra os dois lados. O distritão, como está, é ruim. Não existe em quase nenhum país. Se não tiver fidelidade alta, acabaremos tendo 513 partidos”, sustentou.
Maia também criticou o caráter permanente do fundo público de financiamento de campanhas, de R$ 3,6 bilhões, aprovado Quinta-feira (10) na comissão especial que trata da reforma do sistema eleitoral na Câmara. O dinheiro será usado já nas eleições de 2018.
Pelo modelo do distritão, eleitores votarão apenas em candidatos a deputados e vereadores, sem a possibilidade de votar em partidos, e deixa de haver o quociente eleitoral; assim, são lançados menos candidatos por partido, e só os mais votados se elegem.
Uma crítica ao sistema é de que candidatos mais conhecidos do eleitorado e com mais recursos acabarão sendo privilegiados, em detrimento de novatos. As novas regras só valerão para o pleito de 2018 caso sejam aprovadas por deputados e senadores até o dia 7 de outubro.
Maia não acredita que um debate sobre a mudança do regime para o parlamentarismo possa ser feito agora. O modelo, em que o chefe de governo é um primeiro-ministro, de partido majoritário na Câmara, vem sendo defendido pelo PSDB já para 2022.
Segundo o presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), será dado apoio, no escopo da reforma política, à cláusula de barreira, ao fim das coligações proporcionais e às mudanças no sistema eleitoral.
Os tucanos defendem que o modelo distrital misto, no qual metade das vagas é definida pelo modo distrital, e a outra, por lista fechada de candidatos, determinada pelos partidos, seja encarado como um meio de transição para se chegar ao novo regime daqui a cinco anos. Para Maia, o distrital misto dará maior legitimidade ao processo eleitoral.
O presidente da Câmara está no Rio de Janeiro nesta sexta para abrir um painel na Fundação Getúlio Vargas (FGV) intitulado “Desafios para o Brasil: A agenda de reformas e a segurança pública no Rio de Janeiro”. Ele falou à plateia presente, respondeu a perguntas e foi aplaudido.
Maia voltou a defender com veemência a reforma da Previdência e a dizer que não será fácil aprová-la. “Hoje é difícil. Não estou aqui para enganar ninguém”. Na quarta-feira, dia 9, os partidos do chamado centrão, PP, PR, PTB, PSD, SD e PRB, deixaram clara a cobrança de contrapartida do governo por terem se posicionado pelo arquivamento da denúncia contra Temer por corrupção passiva, na votação do último dia 2 na Câmara. Eles cobram a punição dos parlamentares da base que votaram contra Temer, e a demissão dos indicados de seus partidos para cargos no Executivo.
Foram prometidos “rearranjos” de nomes para acalmar os ânimos (em escalões inferiores do poder), mas o centrão pressiona por respostas rápidas, e pela distribuição dos cargos pelo grupo que se manteve fiel ao presidente. Caso contrário, ameaçam não se colocar ao lado do governo na defesa da reforma da Previdência, que Temer quer ver votada no começo de setembro.
Meta Fiscal
O presidente da Câmara voltou a criticar a possibilidade de aumento da meta fiscal pelo governo federal. Maia disse que a medida o deixa “desconfortável”.
O deputado já havia dado declarações neste sentido, alegando que União, Estados, municípios e pessoas físicas devem “viver dentro de seu orçamento”. O governo cogita rever a meta deste ano, de R$ 139 bilhões, e talvez a do ano que vem, por conta da demora na retomada no crescimento da economia e da baixa arrecadação.
Maia também reafirmou que a Câmara não aprovará aumentos de impostos e disse que a Casa também faz sua parte para o enxugamento das contas, por meio da aprovação de medidas como a PEC do Teto dos gastos públicos e a reforma trabalhista. “Não tem um deputado que não esteja preocupado com isso. Alguns têm dificuldade de votar. É um processo de acomodação”, disse.
Para o presidente da Câmara, o Brasil está avançando, apesar da crise. “Estamos enfrentando grandes desafios. Acho que avançamos olhando para o ano passado, para o que o presidente e o Congresso receberam da herança dos 13 anos do governo do PT.”
Em outro momento de sua fala, disse que o Brasil não pode correr o risco de virar o Rio de Janeiro (referindo-se à calamidade financeira). Afirmou, ainda, que “Bolsa Família não resolve”, e sim reformas que possibilitem maiores investimentos do setor privado, com geração de empregos.
Segurança pública
Por conta do tema proposto pela FGV, Maia também falou sobre segurança pública: afirmou que a presença de militares no Rio já melhorou a segurança nas ruas e garantiu que será aprovado um rol de medidas para o setor. Defendeu ainda mudanças na legislação, com vistas a uma maior participação federal no combate ao crime organizado.