11 agosto 2017

Campanha da leshmaniose


Como identificar e tratar a leishmaniose tegumentar

Drª. Aleksana Viana

Dermatologista

A leishmaniose tegumentar humana é uma doença infecciosa que se distribui ao redor do mundo inteiro, causada devido à infecção pelo protozoário Leishmania, que provoca feridas indolores na pele e nas mucosas do corpo.

No Brasil, a leishmaniose tegumentar americana, conhecida popularmente como "úlcera de bauru" ou "ferida brava", é transmitida pelos mosquitos do gênero Lutzomyia, conhecidos como mosquitos palha, e o tratamento é feito sob orientação do dermatologista, podendo ser necessário o uso de medicamentos injetáveis, conhecidos como Antimoniais pentavalentes.

A forma de contrair a doença é através da picada do mosquito, que se contamina pela Leishmania após picar pessoas ou animais portadores da doença, principalmente, cachorros, gatos e ratos, e, por isso, a doença não é contagiosa e não há transmissão de pessoa para pessoa. Os mosquitos costumam viver em ambientes quentes, úmidos e escuros, principalmente em florestas ou quintais com acúmulo de lixo orgânico. 

Cicatriz da Leishmaniose tegumentar

Principais sintomas

As principais formas de apresentação da leishmaniose tegumentar são:

1. Leishmaniose cutânea

A leishmaniose cutânea é a forma mais comum da doença, e costuma causar o desenvolvimento de uma ferida, que:

Começa como um pequeno nódulo no local da picada do mosquito;Evolui para uma ferida aberta indolor, em algumas semanas ou meses;Cicatriza lentamente sem necessidade de tratamento entre 2 a 15 meses;Nódulos linfáticos podem estar inchados e dolorosos.

A lesão mede de alguns milímetros até alguns centímetros, tem uma consistência endurecida com bordas elevadas e um fundo avermelhado que pode conter secreções. Quando há infecção bacteriana associada pode causar dor local e produzir uma secreção purulenta.

Além da tradicional ferida localizada, a forma de apresentação das lesões pode variar, de acordo com o tipo de protozoário responsável e com a imunidade da pessoa, podendo surgir também como caroços disseminados pelo corpo ou infiltrações na pele, por exemplo. 

2. Leishmaniose mucosa ou mucocutânea

É mais rara, na maioria das vezes surgindo após a lesão cutânea clássica, e se caracteriza por lesões destrutivas na mucosa das vias aéreas superiores, como nariz, orofaringe, palatos, lábios, língua, laringe e, mais dificilmente, traquéia e parte superior dos pulmões.

Na mucosa podem ser observados vermelhidão, inchaço, infiltração e ulceração e, se houver infecção secundária por bactérias, as lesões podem apresentar secreção purulenta e crostas. Além disso, na mucosa do nariz, pode haver perfuração ou até destruição do septo cartilaginoso e, na boca, pode haver perfuração do palato mole.

Como confirmar o diagnóstico

Na maioria dos casos o médico é capaz de fazer o diagnóstico da leishmaniose tegumentar apenas através da observação das lesões e relato do paciente, especialmente quando este vive ou esteve em regiões afetadas pelo parasita. Porém, a doença também pode ser confundida com outros problemas como tuberculose cutânea, infecções fúngicas ou hanseníase, por exemplo.

Dessa forma, também pode ser necessário fazer um exame de diagnóstico para o qual há algumas opções, como o teste reativo na pele para leishmaniose, chamado de Intradermorreação de Montenegro, o exame de aspiração ou biópsia da lesão, para identificar o parasita, ou os exames de sangue, ELISA ou PCR.

É importante lembrar que a leishmaniose também pode se apresentar pela sua forma mais grave, que é a visceral, também conhecida como calazar. Esta doença evolui de forma muito diferente da leishmaniose tegumentar, se disseminando através da corrente sanguínea. Entenda como identificar a leishmaniose visceral

Como é feito o tratamento

As lesões da leishmaniose tegumentar normalmente cicatrizam sem necessidade de tratamento. Porém, no caso das feridas que aumentam de tamanho, são muito grandes, se multiplicam ou localizadas no rosto, mãos e articulações, pode ser recomendado fazer o tratamento com remédios, como cremes e injeções, orientados pelos dermatologista. 

Os remédios de primeira escolha no tratamento das leishmanioses são os antimoniais pentavalentes que, no Brasil, é representado pelo Antimoniato de N-metilglucamina ou Glucantime, feito em doses diárias, intramusculares ou venosas, por 20 a 30 dias. 

Se as feridas infeccionarem durante o processo de cicatrização pode ser também aconselhável fazer o tratamento com um enfermeiro para um melhor cuidado e evitar a piora da ferida.

Além disso, após a cicatrização, as cicatrizes podem permanecer na pele e provocar alterações estéticas. Por isso, pode ser necessário fazer acompanhamento psicológico ou recorrer a cirurgia plástica para tratar alterações no rosto, por exemplo.

Como prevenir

Para evitar a transmissão da leishmaniose pelos mosquitos, é importante se investir em atitudes individuais e coletivas como:

Usar repelentes quando se estiver em ambientes onde o mosquito palha é encontrado, e evitar exposição nos horários de maior intensidade de mosquitos;Usar mosquiteiros de malha fina, bem como colocar telas em portas e janelas;Manter terrenos e quintais próximos limpos, removendo entulhos e sujeiras, e podando árvores, para diminuir a umidade que facilita a procriação do mosquito;Evitar lixos orgânicos no solo, para não atrair animais, como ratos, que podem conter a doença;Manter animais domésticos fora de casa durante a noite, de modo a diminuir a atração dos mosquitos para este ambiente;Evitar construir casas com distância menor que 4000 ou 500 metros da mata.

Além disso, na presença de feridas qe não cicatrizam facilmente, e que possam indicar esta doença, é importante procurar atendimento no posto de saúde para que sejam identificadas as causas e o tratamento adequado mais rapidamente.

Abacate no CONTROLE do Colesterol e Triglicérides

Abacate ajuda a controlar colesterol e triglicérides

Uma revisão de estudos mostra que essa fruta tem muito a oferecer à saúde

Fonte: Ana Luísa MoraesData de publicação: 09/08/2017Tags: abacatecolesterol

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Foto: Reprodução

Mesmo sendo um alimento rico em gordura, o abacate tem um efeito vantajoso sobre os níveis de colesterol e triglicérides no organismo, aponta uma investigação da Universidade de Mashhad, no Irã. Apesar de esse ter sido o principal benefício encontrado em decorrência do consumo regular da fruta, os cientistas relatam que também observaram melhorias na pressão alta e na massa corporal de pessoas obesas. Para listar tantos atributos, foram revisadas nada menos do que 129 pesquisas científicas sobre o abacate.

Parece estranho associar um alimento gorduroso a tantas maravilhas. Mas acontece que a gordura presente no alimento é do tipo monoinsaturada, boa para a saúde. O ideal, inclusive, é tentar reduzir a ingestão das gorduras saturadas, encontradas em carnes e nos queijos amarelos, e substituir por essa versão que dá as caras no abacate.

Os novos achados são especialmente importantes para pacientes com a síndrome metabólica, condição que é diagnosticada quando um indivíduo tem pelo menos três dos seguintes problemas: hipertensão, altos níveis de açúcar no sangue, excesso de gordura na região abdominal e taxas anormais de colesterol ou triglicerídeos. Esse quadro aumenta o risco de complicações cardíacas, diabete e derrame.

Outro ponto positivo indicado pelos pesquisadores: todas as partes da fruta são benéficas. Ou seja, a casca, o caroço e as folhas do fruto reúnem substâncias interessantes para o corpo. Um dos principais autores do trabalho lembrou que, em 2014, um estudo comprovou que uma dose diária do óleo tirado das folhas do abacate levaram a reduções na pressão arterial e no colesterol total e LDL (considerado ruim), por exemplo.

Para sentir no corpo as vantagens do fruto do abacateiro, há quem afirme que não há necessidade de devorá-lo de segunda a domingo. De duas a três vezes por semana estaria de bom tamanho. Basta comer um quarto da fruta, isto é, uma porção de cerca de 100 gramas. E isso não significa necessariamente aproveitá-la in natura na sobremesa. O alimento harmoniza perfeitamente com pratos salgados, como saladas, massas, ..

Indisponibilidade de bens do ex_ prefeito de Bom Jardim

Decretada indisponibilidade de bens de ex-prefeito a pedido do MPMA

A determinação judicial foi motivada por irregularidades na execução de um convênio firmado em julho de 2007.

Fonte: MPMAData de publicação: 11/08/2017Tags: BensBom JardimDecretadaEx-prefeitoIndisponibilidade

Foto: Reprodução

Em atendimento à solicitação do Ministério Público do Maranhão (MPMA), foi decretada, em 31 de julho, a indisponibilidade dos bens, até o limite de R$ 1,54 milhão, do ex-prefeito de Bom Jardim, Antonio Roque Portela de Araújo.

A determinação judicial foi motivada por irregularidades na execução de um convênio f1Presidente re o Município e a Secretaria de Estado de Saúde (SES).

A decisão, proferida pelo juiz Raphael Leite Guedes, atende à Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa (ACP), ajuizada em 18 de junho, pelo titular da Promotoria de Justiça da comarca, Fábio Santos de Oliveira.

AÇÃO

Na ação que motivou a decisão, o MPMA relata que, dos R$ 145 mil recebidos pelo Município em decorrência do Convênio nº 537/2007-SES, somente 15% foram usados para as obras indicadas no acordo.

Apesar disso, o ex-prefeito atestou que as obras haviam sido totalmente executadas. Foram verificadas, ainda, irregularidades na licitação relativa ao convênio.

Segundo o Ministério Público, no processo licitatório, vencido pela empresa Pimenta e Dias LTDA, houve um acordo prévio à apresentação das propostas, uma vez que os outros dois concorrentes – as empresas Delbrisa e Rdourado – apresentaram propostas exatamente iguais, no valor de R$ 148.935,00. Somente a empresa Pimenta e Dias LTDA apresentou proposta inferior às dos outros participantes da licitação.

Para o MPMA, o objetivo da participação das empresas Delbrisa e Rdourado foi somente dar aparência de legalidade ao procedimento licitatório.

Mesmo com essas irregularidades, o ex-prefeito Antonio Araújo homologou o contrato firmado com a Pimenta e Dias LTDA.

(MPMA)

COLESTEROL E METAS

Colesterol: as metas mudaram (de novo!)

Instituição diminui os valores considerados seguros do LDL. Atualização foi motivada pela chegada de remédios mais poderosos ao mercado

Fonte: André Biernath colesterolDiretrizes de Dislipidemias e Prevenção da AteroscleroseLDLpushSaúdeSociedade Brasileira de Cardiologia

Também foram incluídas modificações no colesterol total, no HDL e nos triglicérides

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) acaba de publicar uma nova versão das “Diretrizes de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose”, documento que reúne as recomendações sobre colesterol e triglicérides. A grande mudança está no LDL, o colesterol ruim: os limites ficaram mais restritos em algumas situações. A alteração segue a tendência dos consensos realizados nos Estados Unidos e na Europa, locais que também apertaram bastante as rédeas dos valores considerados seguros.

Agora, indivíduos com risco cardíaco muito alto devem manter o LDL abaixo de 50 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue. Se encaixam nessa categoria aqueles que apresentam grandes placas de gordura na parede das artérias. O bloqueio de parte da circulação representa um perigo iminente de infarto ou de acidente vascular cerebral.

Já as pessoas com risco cardíaco alto precisam segurar o colesterol ruim em níveis menores do que 70 mg/dl. Aqui estão os portadores de uma placa de gordura em exames de imagem, de aneurisma da aorta abdominal, de doença renal crônica e de diabetes tipo 1 ou tipo 2 com algumas características específicas. Aliás, por curiosidade, também entram nesse grupo sujeitos com LDL acima dos 190 mg/dl.

Na turma do risco intermediário, calculado por meio de uma conta feita pelo médico que considera diversas características do paciente, o objetivo é ficar com menos de 100 mg/dl. Quando o risco é baixo, admite-se um colesterol de até 130 mg/dl.

Veja abaixo um resumo das metas — há novidades também no colesterol total, no HDL (o colesterol bom) e nos triglicérides:

LDL

Como ficou:

Indivíduos com risco baixo: abaixo de 130 mg/dl
Indivíduos com risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl
Indivíduos com risco alto: abaixo de 70 mg/dl

Indivíduos com risco muito alto: abaixo de 50 mg/dl

Como era:

Ótimo: abaixo de 100 mg/dl
Desejável: entre 100 e 129 mg/dl
Limítrofe: entre 130 e 159 mg/dl
Alto: entre 160 e 189 mg/dl
Muito alto: acima de 190 mg/dl

Indivíduos com risco alto: abaixo de 70 mg/dl
Indivíduos com risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl

Colesterol total

Como ficou:

Desejável: abaixo de 190 mg/dl

Como era:

Desejável: abaixo de 200 mg/dl
Limítrofe: entre 200 e 239 mg/dl
Alto: maior que 240 mg/dl

HDL

Como ficou:

Desejável: acima de 40 mg/dl

Como era:

Desejável: acima de 60 mg/dl
Baixo: abaixo de 40 mg/dl

Triglicérides

Como ficou:

Desejável: abaixo de 150 mg/dl (com exame em jejum)

Como era:

Desejável: abaixo de 150 mg/dl
Limítrofe: entre 150 e 200 mg/dl
Alto: entre 200 e 499 mg/dl
Muito alto: acima de 500 mg/dl

Boas-novas na farmácia

O aperto nas metas foi possível graças à estreia em terras brasileiras de uma nova classe de remédios que permite baixar o LDL a valores nunca antes imaginados. Chamados de inibidores de PCSK9, esses fármacos protegem receptores no fígado que são responsáveis por retirar o colesterol da circulação. Com um maior número disponível dessas estruturas, o próprio organismo faz uma limpeza no sangue para capturar as moléculas de gordura excedentes e, assim, evitar a formação de trombos que patrocinam futuros ataques cardíacos ou derrames.

No Brasil, dois medicamentos desse tipo já estão disponíveis: o evolocumabe, da farmacêutica americana Amgen, e o alirocumabe, do laboratório francês Sanofi. Os dois são aplicados por meio de uma injeção quinzenal ou mensal, a depender da dose e da orientação do médico.

Nos estudos que serviram de base para a aprovação, essas drogas foram capazes de derrubar o LDL em mais de 60% quando comparados a soluções placebo, sem nenhum efeito terapêutico evidente. O evolocumabe ainda reduziu as mortes por problemas cardiovasculares em 15%. A pesquisa para saber os efeitos do alirocumabe em longo prazo ainda está em andamento. Os resultados devem sair em 2018.

É o fim das estatinas?

Apesar de representarem um baita avanço na cardiologia, os inibidores de PCSK9 não estão indicados para todo mundo — até porque o preço, na casa de mil reais a dose, não é lá muito convidativo. Segundo a nova diretriz brasileira, eles devem ser utilizados somente quando o paciente apresenta um risco cardiovascular elevado ou não obteve um bom resultado com as estatinas, comprimidos que seguem como a primeira linha de tratamento para a maioria dos casos. Esses novos remédios ainda devem ajudar bastante os portadores de hipercolesterolemia familiar, quando o colesterol aos borbotões está relacionado a uma herança genética.

Além de pílulas e injeções, o documento da SBC reforça o papel de outras estratégias no ajuste do colesterol, como a alimentação equilibrada, o emagrecimento, a cessação do tabagismo e a prática de atividade física. Sem essas mudanças no estilo de vida, remédio nenhum fará milagre.